segunda-feira, 2 de julho de 2012

Môme Piaf



Edith Giovanna Gassion, o pequeno pardal   francês que sussurra em meus ouvidos já faz algum tempo. Conhecia muito pouco de sua obra e sua história até um grande amigo me fazer ouvi-la. A beleza notória do idioma   francês  agregado à voz provocante, marcante e única de Edith Piaf. Cresci escutando o Hino ao Amor cantado por Núbia Lafayette, na minha inocência infantil eu não conhecia a voz que cantou o amor e viveu ele de forma tão intensa.
La vien en rose e Non, Je Ne Regrette Rien imortalizou Piaf, deixou de ser apenas um ícone do chanson, e sim da História da música mundial. Não se contentou em emocionar multidões, fez do Olímpia seu templo, de Santa Terezinha sua guia e da música sua oração. Foi peça chave da história francesa na Paris sitiada pelos nazistas. Fez de sua voz um arauto de liberdade, tornou seu canto de amor em hino de Esperança.

Teve sua vida “resumida” nos cinemas, mas a melhor forma de conhecê-la é ouvindo sua música, deixando que a própria se apresente e lhe encante. A interpretação de Exodus é fabulosa e me remete a sua própria biografia, já que além de ser respeitada pelos oficiais nazistas também foi responsável por dar fuga a prisioneiros em campos de concentração- Piaf os misturava com artistas de sua comitiva- durante os tenebrosos anos de guerra.
Sempre aprendo com o que ouço.
 Com Edith aprendi:

Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo tanto faz!


      


 Para Jefferson Rodrigues, por todas as alegrias, pelos risos, pela simples companhia. Por todos os encontros.
Por todos os dias.

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